terça-feira, 30 de abril de 2013

As redes sociais como um espaço de interação, fé e protagonismo juvenil

        Muito se especula sobre a validade das redes sociais na evangelização. Algumas correntes   que esta opção, que aparentemente é solo fértil de comunicação, seria uma forma alienante e individualista. Esta vertente apresenta as redes sociais como uma opção de vida virtual onde o contato com o outro se restringe ao contato por curtidas, cutuques e posts. No entanto observamos que a Igreja há muito tempo vê as novas mídias, como uma forma criativa e eficaz de evangelização. Devido a isso há meio século, fora instituído pelo Vaticano, o Dia das comunicações, que é anualmente celebrado. Alem disso, surge uma pastoral exclusivamente para lidar com comunicação ( a PASCOM).
 
 
*Dentro dos projetos desenvolvidos pela PJ nível nacional, encontramos o Teias da Comunicação, projeto este que visa olhar todas as formas de promover a evangelização através dos meios de comunicação além da divulgação da Identidade Pastoral.
        Percebemos assim a segunda corrente sobre mídias sociais: aquela que a apoia e tenta ver nela uma nova forma de evangelização. Biblicamente vemos o chamado de Cristo para que anunciemos inclusive acima dos telhados. Cremos que, hipoteticamente, este por cima dos telhados se referisse talvez as antenas de comunicação que interligam mundo real e virtual.

        As redes sociais, para todos aqueles que trabalham com comunicação, foram um divisor de águas. E não só para evangelizar. O jovem ganha voz numa mídia, onde em um dia, ele consegue que a sua opinião seja veiculada, curtida e conhecida por milhões de pessoas que ele mesmo não conhece.
 
 
*Parte da equipe de comunicação da PJ RIO, o braço do teias em nossa arquidiocese. Foto do pós cobertura do DNJ- Dia Nacional da Juventude -2012.
        Nossa modernidade assistiu a diversos protestos, tanto em âmbito nacional (como a retirada dos índios da Aldeia Maracanã), quanto em âmbito mundial (a queda do presidente grego), que foram conduzidos pela juventude. Assim a internet se mostra rede eficaz onde o protagonismo juvenil é exercido de maneira forte e atuante.

        É claro que não negamos os perigos da rede, que são latentes, assim como são os perigos da vida real. Cabe a sociedade e a família, além da Igreja, mostrar ao jovem que ele é o responsável por suas escolhas e postagens. Assim não cerceamos o jovem deste mundo digital que lhe é tão enriquecedor.
 
*Nas novas mídias, pudemos promover campanhas de integração com o jovem, dentre elas a de incentivo a participação dos 40 anos da Pastoral da Juventude


*Com elas , divulgamos diversos eventos, inclusive os da JMJ, que está prestes a ocorrer
            *Além da cobertura de eventos, levando a juventude as atividades que esta realiza, como o recém realizado retiro de Identidade Pastoral.

*Além do uso das mídias tradicionais como foi o caso de nosso programa na Radio Catedral, o Nas Ondas da PJ

E como agentes pastorais e evangelizadores, apoiar e incentivar esta interação na rede, além da interação nos espaços reais. Temos que lembrar que a vida real não exclui a virtual e nem o contrario. Basta haver equilíbrio , como tudo na vida de um jovem e de um ser humano!






domingo, 28 de abril de 2013

Eis-me aqui, envia-me: o protagonismo juvenil e a Campanha da Fraternidade


“O rosto de Deus é jovem também /E o sonho mais lindo é ele quem tem/ Deus não envelhece, tampouco morreu/ Continua vivo no povo que é seu/ Se a juventude viesse a faltar /O rosto de Deus iria mudar.” (Jorge Trevisol)


Eis-me aqui, envia-me (Is. 6,8) é o lema da Campanha da Fraternidade 2013, cujo tema é Fraternidade e juventude. Neste ano em que vivenciamos o ano da fé, instituído pelo então papa Bento XVI, a Igreja do Brasil se volta para a juventude, lugar teológico privilegiado, e suas diversas realidades no mundo contemporâneo. As vésperas da Jornada Mundial da Juventude, a temática proposta pela CNBB, anuncia a esperança do amanhecer, ao convidar os jovens a ir ao encontro de outros jovens, anunciando a Boa- Nova que é Cristo Jesus, “caminho, verdade e vida (Jo 14,6)”.

Com efeito, o tema “juventude” não nos é novo. Ao contrário, nos faz rememorar os primórdios dos anos de 1990, momento em que segundo a CNBB, a “Igreja se volta para as situações existenciais do povo” [2]. Com o tema: Juventude e caminho aberto, convidou-se os jovens à época a assumirem o papel de protagonistas na sociedade, a serem “abertos, conscientes, bem esclarecidos”[3], a juntarem as mãos, caminhando em união.

Depois desse brevíssimo retrospecto sobre a juventude na campanha da fraternidade, podemos traçar um paralelo entre as duas realidades: uma que convida o jovem a se doar à causa da vida, a ser um protagonista no meio aonde vive; já a outra o convida a ser um elo de ligação entre Jesus e muitos outros jovens, tornando-se discípulo missionário da Nova Evangelização, reconhecendo nesse mesmo jovem a eficácia de um testemunho de santidade. Além disso, convém destacar que os tempos são outros e o contexto no qual se emergem as necessidades de uma juventude que “quer ter voz, ter vez e lugar” também mudaram. Segundo o Documento de Aparecida, “vivemos uma mudança de época, e seu nível mais profundo é o cultural. Dissolve-se a concepção integral do ser humano, sua relação com o mundo e com Deus.”[4]

Para aprofundar mais essa questão, basta nos perguntar: o que é ser jovem nesses distintos contextos? Acreditamos que este caminho nos auxiliará a compreender o protagonismo juvenil e sua atuação na sociedade e nos meios eclesiais. Nos anos de 1990, por exemplo, houve um aumento considerável no envolvimento (por que não engajamento?) dos jovens em grupos culturais e artísticos. Assim, muitos destes se envolveram em atividades ligadas à dança, ao teatro e à música, possibilitando, assim, criar um traço comum entre essa geração: o sentimento de pertença a uma “tribo” e facilidade em transitar por diversos grupos, sem que isso venha a afetar sua identidade. Entretanto, essa mesma juventude, diferentemente das gerações que antecederam, vem perdendo a sua dimensão política, em prol de valores mais individualistas. Na atualidade, esse mesmo individualismo, valor cultural da sociedade moderna e pós-moderna, se acentua, criando obstáculos para a vida em grupos, haja vista a perda de referências, aceleração do tempo e falta de comprometimento político. Por outro lado, como nos mostra o texto base da CF 2013, o “novo milênio trouxe novas temáticas, novas maneiras de se relacionar e de se organizar, com as novas tecnologias de informação e de comunicação.”[5] Neste sentido, a juventude busca, ao seu modo, exercer o seu protagonismo, aliando-se aos meios em que dispõe.

    Na contramão da pós-modernidade, da aparente fluidez e da perda de referências, constatou-se que as expressões religiosas se constituem em um locus por excelência da juventude, de sua interação social e agregação. Segundo os dados do censo de 2010 do IBGE, o percentual de jovens que não possui religião se reduziu. Tal fenômeno aponta para suscetibilidade e, também sensibilidade, dos jovens que tendem a propostas religiosas mais radicais na relação com o sobrenatural.

Para o Documento da CNBB “Evangelização da Juventude”: “Em nossa Igreja há presença significativa de jovens em vários setores da vida eclesial: nas comunidades eclesiais de base e nas paróquias, participando das equipes de liturgia e de canto, atuando como catequistas, em diversas pastorais”.[6] Ora, tal afirmativa aponta para a preferência afetiva e efetiva, por parte das estruturas eclesiais, pelos jovens, sobretudo os mais empobrecidos.

     Partindo da premissa de que a juventude está no coração da Igreja, consideramos que a comunidade eclesial adota a postura de mãe que educa na fé e propõe o seguimento a Jesus Cristo, inserindo-os na lógica de discípulos-missionários. Ela deve ser para o jovem o local de conhecimento, partilha e amizade, que promove o amadurecimento destes jovens em “estatura, sabedoria e graça”. Sobre este assunto, o papa Bento XVI, em 2007, proferiu aos jovens brasileiros: “Saibam ser protagonistas de uma sociedade mais justa e mais fraterna inspirada no evangelho, promotora da vida, eliminando discriminações existentes nas sociedades latino-americanos”.[7]

     De fato, todos os esforços que antecederam à Campanha da Fraternidade 2013 pontuaram o valor da juventude e o seu teológico. A criação da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, criada em 2011 pela 49ª Assembleia da CNBB e a indicação para sediar a Jornada Mundial da Juventude vem nessa direção, reforçando a identidade jovem na Igreja no Brasil.

     É por isso que a CNBB reafirma, nesse ano de 2013, sua aposta no jovem. Eis-me aqui, envia-me (Is 6, 8) significa entrega sem medidas a Deus e ao Reino dos céus. Frase proferida pelo jovem Isaías, no momento em que aceita a missão de se tornar profeta de Israel, hoje, somos convidados a responder a esse chamado, a sermos anunciadores e construtores de um mundo novo.

     O jovem representa vigor e mudança, mas também protagonismo. Por essa palavra, compreendemos que o ato de protagonizar é uma qualidade de quem se destaca. Sendo assim, o protagonista é aquele que participa ativamente na sociedade e na Igreja, que visa à construção de um mundo melhor e mais justo. Evidentemente, para que isso ocorra é necessário compromisso social, que vem como um produto dos processos educativos para a fé. A Igreja está atenta aos clamores de uma juventude que padece frente às desigualdades sociais e as demandas da atualidade. A violência e o extermínio dos jovens, bem como o tráfico de drogas que vem dizimando parcelas consideráveis da juventude brasileira, vêm despertando a atenção de tantos outros jovens empenhados na erradicação desses flagelos.[8]                                              
         Além disso, esses mesmos jovens são convidados a serem protagonistas nos meios onde o debate entre fé, razão e ciência são frequentes. O testemunho verdadeiro e a vivência pautada no Evangelho os capacitam a defender sua fé nestes locais. De igual modo, os meios tecnológicos também representam um convite a estes, já que o jovem representa o novo.

            Por fim, foi possível esmiuçar nas linhas acima as permanências e mudanças de uma juventude que tem lutado por seu valor na sociedade. Seguindo os ensinamentos de Cristo, pão de igualdade, esses jovens tem remado contra a maré, protagonizando nos meios digitais, eclesiais e sociais a beleza de ser jovem, configurando a face de um Deus jovem.






 Fotos: Campanha da Fraternidade de 2013 (à esquerda) e de 1992 (à direita).
 Texto: Giselle Pereira [1]

 Maiores informações sobre a CF2013: http://www.cf2013.org.br/home.html




[1]Membro da Pastoral da Juventude do Regional Leste 1 da CNBB e Coordenadora da Pastoral da Juventude do Vicariato Episcopal Urbano.
[2] Manual da Campanha da fraternidade 2013, p. 139.
[3] Trecho extraído do hino da Campanha da Fraternidade de 1992, intitulado: “Queremos ser jovens”.
[4]CELAM, Documento de Aparecida, n. 44.
[5] Texto-base da Campanha da Fraternidade 2013, p. 33.
[6] CNBB, Documento Evangelização da Juventude, n. 47.
[7] Bento XVI. Discurso aos jovens brasileiros, em 10 de maio de 2007.



1º Retiro de Identidade Pastoral





A Pastoral da Juventude da Arquidiocese do Rio de Janeiro realizou nos dias 19,20 e 21 de abril, na Paróquia Nª Srª. Aparecida – Ilha do Governador, paróquia esta de nosso assessor arquidiocesano Pe Gilvan André, a primeira formação do projeto nacional Mística e Construção. Iluminados pela mística de Betânia, vivenciamos e saboreamos a espiritualidade de nossa pastoral fortalecendo assim a nossa identidade. Iniciamos nossa formação trilhando o caminho da revitalização da pastoral da juventude latino americana.

Demos inicio as nossas atividades da manhã de sábado, mostrando aos jovens a dinâmica e vivência do terço vivo, logo após, atentamos para a importância de um planejamento e partilhamos o método ver, julgar, agir, rever e celebrar; seguido do processo de educação na fé. Depois do almoço, visualizamos a organização da Pastoral da Juventude, como um todo, desde as bases até a América Latina, pontuando cada uma das partes de nossa estrutura e mostrando a grande importância de nossos grupos de base. Mais tarde celebramos nossos 40 anos de história, evangelização, sonhos, desafios, reestruturação, conquistas, utopias, espiritualidade, profetismo e muito mais. Trouxemos os nomes, símbolos e histórias dos grupos de base, foranias e vicariatos de cada participante, além de mostrar mais um pouco de nossa arquidiocese, regional, nacional e da PJ Latino Americana.

Exploramos também alguns elementos que constroem nossa identidade e espiritualidade com a Leitura Orante, do texto bíblico que ilumina a mística de Betânia. A noite fizemos a oração do Lucernário, seguida de uma adoração ao Santíssimo. Terminamos nosso segundo dia com um show de talentos, onde os jovens mostraram sua criatividade e alegria pejoteira!

No domingo iniciamos nossas atividades vivenciando a grande celebração de nossa fé junto a comunidade que nos acolheu: a santa missa. Logo após partimos para um projeto de missão da pastoral da juventude que tem por objetivo, fortalecer a identidade e a espiritualidade e nos preparar para o antes, o durante e o depois da JMJ, pois é preciso cuidado com a vida dos jovens que já estão os que chegarão e todos aqueles que a JMJ não conseguir chegar.

Por fim, na tarde de domingo, terminamos o retiro, mostramos onde e como surgiu o Ofício Divino da Juventude(ODJ), logo após, explicamos passo a passo de sua construção ao mesmo tempo em que íamos vivenciando e saboreando toda a sua celebração.

Aos jovens que participaram do retiro fica o nosso agradecimento e esperança de viver uma pastoral consciente, fortalecida e unida.

"A Pastoral da Juventude ajudará os jovens a se formar de maneira gradual, para a ação social e política e a mudança de estruturas, conforme a Doutrina Social da Igreja, fazendo própria a opção preferencial e evangélica pelos pobres e necessitados." (Doc. Aparecida)

PJ aqui, PJ lá, PJ em qualquer lugar!!!



Texto: Leandro Mello (Coordenador da PJ no Vic. Suburbano)











segunda-feira, 22 de abril de 2013

São Jorge, o santo guerreiro


São Jorge, santo católico comemorado no dia 23 de abril, é padroeiro de Portugal, Inglaterra e Catalunha. É padroeiro de todos os soldados, escudeiros e todos aqueles ligados às ordens militares.
Quem é São Jorge?
São Jorge
São Jorge, do século V d.C., é um santo militar, porque era romano. Diante da perseguição do império romano Diocleciano aos cristãos, Jorge não suportou ver tantos martírios; e a população que estava sendo martirizada não negava Jesus Cristo.


O soldado Jorge, olhando para a questão do martírio e vendo-se diante da morte dos cristãos, decidiu ser cristão e aceitou a Jesus Cristo. São Jorge foi martirizado na Palestina, em 303, e decapitado. A partir da morte de São Jorge, muitos cristãos começaram a ser devotos dele.



Por que, no Brasil, São Jorge é associado a outras crenças?
Porque, como ele é um santo guerreiro, atribui-se a São Jorge a vitória na luta contra um dragão. Porém, é preciso ficar claro que o dragão simboliza as paixões muldanas e também o próprio satanás.
Qual a relação de São Jorge com o dragão?
Muitos diziam que São Jorge, por ser um guerreiro, iria vencer o mal e libertar as pessoas do demônio, ou seja, o do dragão. Essa luta do santo com o dragão simbolizava que Jorge podia ser invocado como intercessor para vencer o inimigo, aquele que ataca as nossas paixões, que quer nos levar à perdição.
No Novo Testamento, o Apocalipse ressalta que o dragão perseguiu a mulher [Nossa Senhora] e a Igreja; São Jorge veio combater esse dragão para proclamar o nome de Cristo.
O São Jorge que a Igreja Católica invoca e pede por sua interseção é aquele que foi martirizado pelo nome de Jesus Cristo.
Não há mal nenhum pedir a interseção de São Jorge, pois ele é santo católico, ele é mártir. Assim como ele deu seu sangue como os outros mártires da Igreja Católica, precisamos também pedir a sua interseção, mas, em primeiro lugar, temos de rezar.
Fonte: Blog da Canção Nova

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Paróquias são tema central da Assembleia Geral dos Bispos em Aparecida



A 51ª Assembleia dos Bispos do Brasil teve início nesta quarta-feira, 10 de abril, em Aparecida (SP). A reunião começou com celebração de missa no Santuário Nacional, seguida da abertura com entronização da Palavra de Deus e a entrada da imagem de Nossa Senhora Aparecida. A partir desse momento, iniciaram os trabalhos do encontro.
O tema geral da assembleia deste ano é "Comunidade de comunidades: uma nova paróquia". De acordo com o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Ulrich Steiner, com este tema a Igreja no Brasil deseja repensar o serviço que as paróquias oferecem à evangelização.
Segundo o bispo, a sociedade vive uma realidade urbana, digital e virtual próprias deste tempo e por isso é necessário rever as estruturas das paróquias. Para dom Leonardo, a paróquia, na forma em que foi criada e pensada, não responde mais às necessidades do tempo, mas “continua sendo um instrumento importante para a dinamização da Igreja”.
Citando o Documento de Aparecida, o bispo ressalta que a paróquia não deve ser um lugar apenas para a busca dos sacramentos, mas um local onde as pessoas possam se encontrar, celebrar e enfrentar a vida cotidiana. Na opinião do secretário-geral da CNBB, tratar desse assunto na Assembleia significa questionar como a Igreja, por meio da paróquia, pode ser mais viva; “uma Igreja que realmente é uma presença ativa, uma presença de conselho, de esperança, de fraternidade e justiça”.

Dificuldades na evangelização paroquial
Perguntado sobre as principais dificuldades das paróquias na evangelização, dom Leonardo, afirma ser a aproximação com as pessoas. “Uma das questões mais difíceis é chegarmos às pessoas. Creio que ainda estamos esperando, apesar de termos avançado muito na Igreja no Brasil no espírito missionário, ainda esperamos as pessoas virem. A paróquia precisa criar esse espírito missionário de ir ao encontro das famílias, das pessoas e criar esses grupos, também por rua ou por prédio, que se reúnem e rezam juntos." O papa Francisco tem nos demonstrado isso, diz o bispo. “A Igreja precisa estar mais próxima das pessoas, não nos isolarmos. Talvez a paróquia, na sua estrutura, precise estar mais a serviço das pessoas. A estrutura que criamos precisa estar a serviço das pessoas e não as pessoas a serviço das estruturas. Elas podem nos ajudar a servir melhor."

Sub-temas da Assembleia
O Diretório de Comunicação para a Igreja no Brasil, as questões agrárias e os textos litúrgicos do Missal Romano são assuntos que dom Leonardo adiantou que também farão parte das plenárias. Segundo o bispo, os critérios de escolha do tema geral e dos sub-temas variam de acordo com as necessidades atuais da Igreja, com as propostas oferecidas pelas comissões e questões relevantes como, por exemplo, a situação agrária no país. No entanto, Dom Leonardo garantiu que todos os temas passam por votação no Conselho Permanente da CNBB.

Mensagem ao papa Francisco
No final da Assembleia, os bispos farão uma mensagem que será enviada ao Papa, como tem acontecido nas assembleias gerais anteriores. O texto será escrito por uma comissão composta de três bispos, responsável pela elaboração dos documentos da Assembleia. A mensagem passará pela aprovação de todos os prelados e será encaminhada ao Papa Francisco. “A mensagem será enviada ao Santo Padre expressando a nossa comunhão, nossa fidelidade e o desejo de trabalharmos e estarmos a serviço do Evangelho”, diz dom Leonardo. Ao todo mais de 300 bispos devem participar da 51ª Assembleia Geral, além dos assessores e demais pessoas ligadas à CNBB. Os bispos ficarão hospedados em hotéis próximos uns dos outros. Segundo dom Leonardo, a proximidade aumentará as possibilidades de reuniões, bate-papos e convivência fraterna entre os bispos que participarão do evento.

Fonte: Canção Nova

terça-feira, 16 de abril de 2013

Você já se perguntou o que representa o logotipo da Pastoral da Juventude??? 
Confira abaixo... PJ, conhecer e amar!





terça-feira, 2 de abril de 2013


Só uma juventude organizada será uma juventude forte[1]
Pastoral da Juventude e a Jornada de Lutas da Juventude Brasileira

O ano de 2013 é histórico para a juventude organizada nos mais diversos movimentos populares do Brasil. Dezenas de entidades juvenis ligadas aos mais diversos movimentos sociais, estudantis, dos/as trabalhadores/as, do campo, da cidade, entidades de classe, sindicatos, partidos políticos, grupos culturais e religiosos se organizam para lutar pelos direitos da juventude. A atividade chamada de Jornada de Lutas da Juventude Brasileira, acontece de 25 de março à 5 de abril, sendo marcada por muita luta e mobilização da juventude nas ruas de todo o Brasil.
É um marco histórico e inédito pois, pela primeira vez, acontece uma unidade de movimentos juvenis unindo as principais bandeiras e reivindicações dos/as jovens brasileiros/as. Os eixos principais são: o aumento de investimentos públicos para educação brasileira; trabalho decente para a juventude; reforma política; democratização da comunicação e o combate ao extermínio e violência contra a juventude negra.
Debater estes temas, é falar sobre a vida da juventude brasileira e o papel do estado. Dessa forma, fazemos sintonia com a 5ª Semana Social Brasileira promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que quer debater “Um novo Estado, caminho para uma nova sociedade do bem viver”, onde nos questionamos: “a serviço de quem está o Estado e os poderes políticos de nossa nação?”. As instituições políticas que temos colaboram muito pouco na concretização de conquistas do povo brasileiro. É preciso grandes mudanças estruturais que coloquem o poder público realmente a serviço da população brasileira.
A história já nos mostrou que grandes mudanças na sociedade só acontecem com muita luta e organização popular e em muitas delas a Igreja teve papel fundamental. A mudança só acontece pela luta organizada e pressão popular. Fazer assistencialismo, votar no dia das eleições, enfrentar a corrupção é só um primeiro passo. Mudanças profundas de verdade só acontecerão com a reforma do sistema político. Devemos ser fiéis ao projeto de Jesus Cristo que nos envia em missão para que todos/as tenham vida e vida em abundância (Jo 10, 10). Isso significa compromisso na defesa dos/as excluídos/as. Devemos ser protagonistas na construção de um mundo melhor que chamamos Civilização do Amor.
Dialogando com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2011-2015), que nos incentiva a “[...] cada vez mais a participação social e política dos cristãos leigos e leigas nos diversos níveis e instituições, promovendo-se formação permanente e ações concretas... Quer promovendo, quer se unindo a outras iniciativas, incentive-se a participação em campanhas e outras iniciativas que busquem efetivar, com gestos concretos, a  convivência pacífica, em meio a uma sociedade marcada por violência, que banaliza a vida." (DGAE, n. 115), é que a Pastoral da Juventude assume a sua participação na Jornada de Lutas da Juventude Brasileira, se unindo às diversas vozes que querem discutir o modelo de sociedade em que vivemos.
Nosso papel nessa Jornada é muito importante: pautar a defesa da vida dos/as jovens, participar da construção local da Jornada junto aos diversos movimentos juvenis organizados, integrar às mobilizações locais contribuindo com a organização e debate, promover a luta contra a redução da maioridade penal; contra a violência e o extermínio de jovens; e em defesa dos povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e do campo; lutando também pela aprovação do Estatuto da Juventude.
Dessa forma, levando as ruas o acúmulo de debates que temos feitos em nossos grupos de jovens e comunidades eclesiais de base. Nos unamos a toda juventude brasileira na luta por um mundo melhor. Vamos tomar as ruas carregando nossas bandeiras, faixas, cartazes, levando muita garra, força, arte, debate político e vontade de mudar o mundo e construir a tão sonhada civilização do amor!

Sempre na Luta!
Coordenação Nacional e
Comissão Nacional de Assessores da
Pastoral da Juventude


[1] Conferencia Episcopal Latino Americana, Puebla/MEX. Nº 1185/1188.


Lembramos que no Rio de Janeiro a jornada de lutas está marcada para iniciar as 14h na Igreja da Candelária!!