Material de Apoio



Somos levados a vivenciar Betânia através do evangelho João 11, 1-43. O diálogo de Jesus e Marta, nos transmite e nos transcende, mostrando-nos o quanto preenchida de Deus estava Marta, uma vez diante de Jesus, o próprio Deus nosso Salvador. Esse é para nós, um modelo de oração ideal, ou seja, dialogar com o Senhor de forma franca, livre e desprendida, como um amigo. Amigo que nasceu como outra qualquer, sem riquezas, sem influência, sem oportunidades, sem currículo, sem prestígio, como um menino, um filho, que virou carpinteiro, virou, irmão virou um professor, um amigo que te desperta para a vida ...


Excelente vídeo para nossos grupos!!!
                                                                           
http://vimeo.com/56555462




A jovem liderança e sua individualidade




Conheci muitas lideranças jovens nestes anos de atividade pastoral. Várias delas eram excelentes. Muitas delas em contínuo processo de formação. Outras tantas careciam de uma ou outra qualidade que as impedia de ir além daquilo que já virava rotina em sua ação pastoral. Com o tempo fui percebendo algo que é uma das minhas regras pastorais: o jovem que não é respeitado na sua individualidade ou motivado a crescer enquanto pessoa acaba fracassando como líder. E muita gente que poderia ser boa, acaba desistindo e deixa de desempenhar qualquer atividade pastoral.

Se quisermos favorecer o surgimento de novas lideranças, este é um primeiro cuidado: a individualidade. É necessário, portanto, conhecer aquilo que é próprio de cada pessoa: aquilo de que ela gosta e não gosta, suas habilidades e deficiências, suas qualidades e defeitos.



Quer ver aparecer muita gente boa no seu grupo? Então comece a garimpar as qualidades dos demais integrantes. Valorize as habilidades do jovem e ele se sentirá útil. Ele vai poder fazer algo concreto; ser reconhecido pelo fruto do seu trabalho é crescer como participante do grupo. Visite a turma de seu grupo. Conheça suas famílias. Encontre-os fora do ambiente eclesial. Assistam a filmes, vão jogar bola. Conheçam-se melhor. E valorize sempre cada pequeno avanço ou detalhe bacana.

Este, porém, é só um dos remos para conduzir este barco. A superação das deficiências é o segundo remo e age complementando o primeiro. A limitação traz para o jovem a sensação de ser incompleto. Nosso desejo não é termos lideranças incompletas, mas plenas, completas, cheias, fortinhas e com muita energia. Para tanto, precisamos ter algumas atitudes importantes:

1- Acolher bem o jovem. Ele deve se sentir bem aceito no grupo, pastoral ou movimento. O ambiente que valoriza a presença do jovem ajuda a entender que ele faz parte do mesmo.

2- Apoiar o jovem nos momentos difíceis. Este é um momento especial, já que fornece os elementos para a superação das limitações. Escute tudo que ele tem para dizer e, a partir da história dele e não da sua, aconselhe, exemplifique, apresente alternativas. Estas duas atitudes são pontos fundamentais para garantir a confiança.

3- Garantir a confiança. Confie no jovem e deixe que ele confie em você. Não traia a confiança depositada. Este é um bem inestimável que custa para ser reconquistado. 

4- Saber criticar. Não se deve criticar para destruir ou desestabilizar o jovem. Essa é uma atitude lamentável. A crítica é um elemento positivo quando desprovido do sentimento de vingança ou do menosprezo pelo outro. Sendo usada adequadamente é um elemento rico para fomentar a autocrítica do jovem e com ela ele pode crescer em sua autonomia.

Vida em grupo, no entanto, não é algo tão simples. As dificuldades são diárias. Você pode se perguntar como se supera tudo isto. É o que chamamos de processo educativo. É algo cansativo e algumas vezes desgastante. A princípio seguindo os quatro passos acima expostos, com paciência, respeito e amor, grandes mudanças são conquistadas. A crítica não funciona sem acolhida, apoio ou confiança.

Este foi um primeiro passo. Além de valorizar os dons que o jovem tem, é importante que conheçamos bem sua pessoa através dos seus gostos. Isto complementa a relação de acolhida e confiança. O jovem se sente muito mais a vontade num grupo onde pode partilhar vida e assim se estabelecem melhores relações entre o grupo e a comunidade.

Rogério Oliveira

Dinâmicas

http://www.pj.org.br/dinamicas

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